Se as parcelas do financiamento da casa própria estão pesando no orçamento, talvez seja a hora de usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para reduzir o valor das prestações mensais.
De acordo com as regras da Caixa Econômica Federal, executora do FGTS, é possível abater até 80% do valor total da parcela, a depender do saldo existente na conta. Na prática, significa que numa prestação de R$ 1 mil dá para reduzir até R$ 800 e continuar pagando apenas R$ 200.
Mas para conseguir o teto máximo, o saldo do fundo deve ser suficiente para cobrir 12 meses de pagamento – prazo da operação, que pode ser renovado ao final. Nesse caso, para ter o abatimento de R$ 800 durante um ano, será preciso um fundo mínimo de R$ 9,6 mil. Mas se o seu FGTS chegar apenas a R$ 6 mil, por exemplo, ainda assim dá para reduzir a prestação à metade, pagando R$ 500. No caso de uma parcela maior, de R$ 2 mil, o máximo a ser abatido será de R$ 1,6 mil, para quem tiver um fundo mínimo de R$ 19,2 mil. Significa pagar R$ 400 mensais. Já se o FGTS for de R$ 9 mil, o máximo de desconto possível será de R$ 750, reduzindo a prestação de R$ 2 mil para R$
1,25 mil. Seja como for, é bom ter cautela.
Reserva
O consultor financeiro Francis Brode Hesse diz que é preciso ter cuidado: “Uma hora, a redução acaba e a pessoa fica sem a reserva do fundo de garantia”. Segundo ele, o ideal é deixar uma reserva de seis meses a um ano no FGTS para ter como se reestruturar em caso de desemprego. “Não adianta usar tudo e depois perder o emprego e não ter uma reserva disponível”.
Hesse pontua que é preciso avaliar o que vale mais a pena, em cada caso. “Pode ser um fôlego, se a pessoa estiver apertada no momento. Mas da mesma forma que pode ser um bom negócio, pode ser uma armadilha também”, afirma. O gerente regional da Caixa, Adelson Prata, sugere ser mais vantagem, em vez de reduzir o valor das parcelas, abater diretamente o saldo devedor do financiamento, o que reduz a
quantidade total de juros. “Com isso, diminui a dívida e não somente as prestações”. Para amortizar ou mesmo liquidar de vez o saldo devedor, basta atender às normas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e do FGTS e não ter parcelas em atraso. Já para reduzir o valor de prestações, é possível ter até três meses em aberto.
FONTE: corretoresimoveis.atarde.uol.com.br/noticias.jsf?id=706
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